16 de fev. de 2008

Parênteses sobre a hipocrisia do monopólio televisivo

Durante muito tempo me posicionei crítico-destrutivamente sobre uns e outros programas de televisão, até um belo dia perceber que o problema é a televisão em si, e não os programas em isolado. Mas no fim, acabei por perceber que a raiz do mal são os telespectadores.

É burro quem crê que exista algo icástico na televisão brasileira. Sexo em horário inadequado, morte no filme da tarde, envenenamento na novela das sete, violência nos desenhos animados (é, não se fazem mais as coisas como antigamente).

O que deveria ser uma grande iconoteca, com pensamentos convenientes e tudo o mais, se tornou o monopólio ativo da busca desenfreada pelo sucesso, por dinheiro (custe o que custar). Pois é, mas o que parece conveniente para mim, amigo leitor, pode não parecer para ti, eu pouco me importo, não vou deixar de me posicionar.

O que mais me irrita nesse mundo de pilhérias é o preconceito. É colocarem o negro fazendo papel de pobre-preto-favelado na novela de maior audiência e insultarem imoral e exaustivamente os homossexuais no comercial.

Há mais ou menos dois meses tem sido transmitido tal insulto. Chamaram-me advogada do diabo por comprar uma briga que não é minha; pouco caso fiz de gozada afirmação, advogada de Deus ou do diabo, tanto faz, se creio na causa luto até o fim (igualdade ou sangue). E em especial, nessa causa, sei que não estou à deriva num mar de tubarões. Tanta bestialidade ignorada ou despercebida por outros, não passa anônima por mim, nem tampouco por quem sofre com isso.

Tem muito alienado precisando rever conceitos e posições. Quem realmente conhece um gay sabe que não é do jeito que o julgam. Homossexuais, em sua graaande maioria, são alto astral e seguros. As insinuações ali ditas não se encaixam nesse perfil, mas combinam bem mais com aqueles “machos” cheios de si e vazios de tudo, que precisam acelerar a 120 km/h para tentar provar alguma coisa para alguém. Homossexuais sabem o que são, sabem o que querem e sabem como conseguir, não confundam-os com um “macho” qualquer. Homossexuais não são machos, são Homens.

E nessa causa, defendendo Deus ou o diabo (já falei que não importa), eu vou até o fim.