16 de out. de 2007

Oi;

meu nome é Thaiana. Thaiana Goulart. Tem um F. aí no final que eu pouco uso. Nasci em Tubarão, no dia 11 de abril, uma ariana incontestável (corajosa, impulsiva, aventureira, desconfiada) que não se limita, jamais. Eu não fui mãe aos 15 anos e acho que isto é algo essencial a se saber sobre mim. Acho Elvis Presley brega. Eu danço Elvis.

Não sei ser simpática com gente cafona. Nem sei fazer café. Falo pelos cotovelos, braços, mãos e boca; só que prefiro que leiam o que escrevo do que ouçam o que falo (tenho complexo com a minha voz). Tenho vício de vírgulas (já notaram?), batata frita, livros, livros, livros... Gosto de equações mirabolantes, piadas sem graça (eu não sei ser engraçada), sapatos, telefone.

Acho bela a verdade, porque é rara, além de ser uma excelente camuflagem (ninguém acredita nela!). Gosto de ter cabelo cacheado, unhas de cores psicodélicas, tatuagem e essa pose de durona que todo mundo percebe ser irreal. Eu sou o exagero! Não sei o que significa meio termo. Ou é, ou não é. E ponto. A insegurança é minha companheira desde sempre (e vai continuar me acompanhando). Adoro sentir aquele frio na barriga, aquele ar gelado da incerteza.

Não sei ser organizada e confesso que isso me atrapalha deveras. Esqueço de tudo o que eu juro que não vou esquecer. Tudo mesmo! Sou irritada (e muito irritante), mas tento sempre dar o melhor da minha disciplina (quando quero). Também tenho muito medo. Medo de aranha (fui picada por uma semana retrasada e meu medo quadruplicou), de altura, de furar a orelha, de ficar sozinha, de fritar batata, de perder a hora, de morrer.

Tenho dito que domingo é o dia internacional do tédio. E é verdade! As melhores coisas acontecem na sexta-feira à noite. Não sei me comportar como uma diva e ainda não aprendi a me maquiar. Sei tocar violão, quer dizer, pelo menos eu sabia há uns 8 meses atrás, quando toquei pela última vez.

Eu choro demais, rio demais, sinto demais, vejo demais, falo demais, penso demenos. Leio Mário Quintana demais, e isso vem me atrapalhando. É sério. Ele sempre está no meio das minhas conversas. Ele e o Cazuza, que não pára de cantar pra mim.

Sou brega. A década de 50 foi brega. Eu queria ter nascido nos anos 50! Preciso saber por que x' e x'' às vezes resultam em frações. Odeio frações. Não sei resolvê-las. Bela confissão para uma futura professora de matemática que quer ser jornalista. Eu preciso ler menos clássicos, eles me deixam poética demais.

Eu acredito nos relacionamentos. Eu acredito nas pessoas. Eu acredito em amor. Salto alto realmente enobrece as pernas. O Sol realmente estraga os cabelos (e a pele). O mundo realmente vai acabar. Estamos vivendo o efeito-estufa. Precisamos crer no filtro solar.

Enfim, eu sou a Thaiana, e não preciso saber o que você achou disso tudo. Só não critique minhas vírgulas.

9 de out. de 2007

Ninguém Merece

Então, dia desses estava eu em um raríssimo momento de desocupação, caçando informações sobre novas (e boas) músicas, quando acabei em sintonia com uma dessas rádios de internet. Desliguei o Media Player para ouvir o que a tal rádio tinha a me oferecer e fui percebendo que me dispus à ouvir uma melodia pop grudenta, com um refrão irritante e facílimo de decorar. Sabe aquela música impertinente que não sai da tua cabeça, por mais que tu queiras? Pois é, é disso que falo.

Nada contra a voz máscula que dá vida àquele falso madrigal, o que me surpreendeu foi a tentativa de transmissão de certa jovialidadede uma pessoa que, absurdamente, repassou-nos até hoje, certa imagem de maturidade.

Sorte a minha, que meu gosto musical chega aos anos 90 e pára, só avança em raras excessões. Tudo (ou quase tudo) de melhor, musicalmente falando, começou antes da década de 90, beeem antes, pra ser sincera. E o que mais me impressionou nesse letra de música, é que o ser que a fazia viver também começou à viver para a música antes de 1990.

Mas, enfim, não digo desta água não beberei (mas não beberei mesmo!); só o que posso dizer é que espero que confiram.

P.S.: Não quis em momento algum ridicularizar meu caro alvo deste texto, até porque, como diz meu amigo Dael, ridicularizar é ridículo. Aproveitando o pensamento dele (porque eu estou de saco cheio de pensar), encerro afirmando que LongPlay é Lulu Santos, só que em péssima forma. Na boa, ninguém merece!