25 de jan. de 2007

Caminho do céu ou hipocrisia?

Há quem acredita, assim como há quem duvida e também quem odeia. O fato é, tanto quem gosta, quanto quem não gosta, não sabe ao certo o que falar. Eu, particularmente, acredito, confio e (sempre) me questiono. Realmente é um assunto complexo e delicado. Do que estou à comentar? Na verdade não é do quê, e sim de quem. Deus, criador do Universo.

Súbitamente senti a necessidade de expressar o que penso à respeito. Não espero que minha opinião transforme a fé alheia, apenas gostaria de ver as pessoas se indagando e revendo seus próprios conceitos (que não são tão próprios assim). Alguns dos conceitos que carregamos conosco, são trazidos da infância e, talvez, nunca tenhamos parado para questionar sua certeza (ou sua hipocrisia). São pensamentos passados de geração em geração e que, hoje, nem fazem tanto sentido como antes fazia.

Deus, o criador de tudo e de todos, a paz e o lado bom das coisas. No entanto, há algumas questões que não entendo (na verdade, não aceito); Deus é amor (assim dizem), é paz, é união... Eu acredito nisso tudo; acredito, sinto e confio no amor d'Ele.

Mas há poréns (muitos). As igrejas e suas hipocrisias (como diria meu amigo Guilherme), transmitem às pessoas certas regras. Eis a primeira das incontáveis dúvidas que tenho. Em meio à essas regras, há pontos que se tornaram indiscutíveis, mas que deveriam ser questionados. Tenho por certo (em minha fé) que Deus não impôs ao homem regra, nem mandamento algum além do não uso da maldade; fazendo dessas tais leis uma incrível farsa.

Deus em sua infinita bondade, quer apenas a paz e o amor entre os homens (como um hippie qualquer). Não deseja desavenças, brigas... Então, por quê as igrejas repreendem os homossexuais? Sim, se Deus quer união, por quê o homem faz o contrário?

O preconceito usado contra as pessoas (de modo geral), traz muita, muita e muita discórdia. Deus é amor, lembra? Que conceitos são estes, que vêm lá da idade (da burrice) antiga, e são tão fortes que não foram "atualizados" ainda?

Preconceito e discriminação, hoje em dia, já são crimes.

15 de jan. de 2007

Talvez...



Uma palavra cotidiana, que usamos sempre (até mesmo sem percebermos) e que, particularmente, eu não suporto! Sim, pelo fato de ela expressar incerteza. Incertezas me irritam (profundamente), tanto quanto tardes de domingo e telefone ocupado.

Seria interessante (ou assustador) se vivessemos tendo plena certeza das coisas. Esqueça, por pelo menos um instante, a palavra talvez e imagine-se vivendo sob certezas.

"Vai chover no fim de semana?" - Sim! :(
"Tu achas que ele ficaria comigo?" - Não! :

Respostas curtas (e grossas), diretas. Eu diria simples, acho que não precisamos de mais que isso para entendermos o recado. Sim e/ou não são respostas para todas as perguntas, quando se responde talvez, dá-se a idéia de incerteza e, com ela, andam três acompanhantes: ansiedade, esperança e nervosismo.

Dependendo da pergunta, a ansiedade pode ser maior ou menor. Mas mesmo assim, ansiedade é ansiedade, e eu também detesto. Eis aqui a junção de uma palavra e um sentimento nada agradáveis...

Enfim (dessa palavra eu gosto), mesmo não percebendo, deixamos (à quase todo momento) alguém ancioso, pelo simples fato de não respondermos à sua pergunta com palavras diretas. A palavra talvez funciona como válvula de escape, usada quando não se tem absoluta certeza do que dizer, ou quando, na verdade, há uma resposta à dar, mas a pessoa prefere adiar a entrega, ou seja, é uma enrrolação.

12 de jan. de 2007

Pecados




Sempre que pedem-me para contar alguma história, penso nas situações engraçadas que vivi, nas situações tristes também, mas sobretudo, há alguns tantos acontecimentos que recordo-me muito bem. Acontecimentos esses prazerosos de viver e constrangedores de falar. Coisas não comuns entre adolescentes como eu. Prazeres que satisfazem o corpo e envergonham a moral. Isso tudo apenas para a grande maioria das pessoas que conheço, mas , para mim, sempre foi completamente normal.

Eu falo de pecados, mas não aqueles normais como cair na tentação de comer um chocolate durante a dieta. Os pecados que menciono são mais insanos, e as tentações, mais avassaladoras.

Considera-se pecado toda e qualquer ação que contradiz as leis divinas. Na mais impura das mentes , a minha, essa ação é como uma simples porta que não se deve abrir, mas você se deixa levar e ignora a proibição. Na primeira vez, é um pecado cometido pela curiosidade e pela excitação do perigo. Depois de saciar esse desejo incontrolável, e ter uma vaga noção sobre o desconhecido, o "pusilânime" pecador depara-se com um abismo de erros vitais. Erros estes que poderiam ser evitados, não fosse a curiosidade que o levou à abrir a tal porta.

Certa vez ouvi alguém comentar que curiosidade é coisa do diabo. Concordo! Podemos dizer que, quando você está prestes à abrir uma "porta", seus pensamentos se dividem em dois lados (aquela famosa disputa diária entre o bem e o mal), o lado bom planta uma sementinha de razão em você e o lado ruim injeta uma dose forte de curiosidade. [Daqui pra frente esqueça (pra sempre) a tese de que o bem sempre vence, porque isso simplesmente não é verdade!] A curiosidade injetada te leva à abrir a primeira porta, as próximas, você é quem vai decidir se quer ou não abrir (no meu caso, eu sempre abro)....



{Este é um trecho do livro que escrevo.}

3 de jan. de 2007

Mundo o Quê?

Onde estará guardado (ou escondido) aquele "mundo-futuro" prometido há tempos, que parecia tão diferente e tão bom? Recordo-me vagamente que, na infância, ouvira diversas vezes promessas de um mundo melhor.

Eu, que nem imaginava as discórdias e as irregularidades existentes, acabara acreditando no futuro perfeito. Nem sequer passava-me pela cabeça que, enquanto meus pais se esforçavam o mês todo para ganhar aqueles míseros saláriose não deixar que faltasse o mínimo conforto possível dentro de casa, políticos quaisquer aproveitavam todo o luxo adquirido com o dinheiro alheio. Enfim, cheguei ao tal "mundo-futuro", que não é tão diferente assim, e é raridade ver algo bom. Há hipocrisia em abundância, muita guerra, avareza, preconceito, discórdias que se multiplicam a cada segundo...

Aqui estou, vivendo o futuro daquela época e o presente de agora. À cada ano que passa, acredito mais e mais que o tal mundo perfeito só existe nas promessas políticas e nas mensagens de fim de ano de canal de tv, ou seja, não existe mais! O mundo perfeito, é como príncipe encantado, você sabe que é ilusão, mas não cansa de esperar...